Elas emagrecem mais
Estudo realizado em ratos revela que suplemento à base de ácido linoleico conjugado, muito usado por pessoas que desejam perder peso, surtiu mais efeito entre as fêmeas.
Por Kátia Stringueto
Foto: Alex Silva
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A procura por novas substâncias que levem ao emagrecimento ou a descoberta dos mecanismos pelos quais isso acontece são focos constantes de pesquisa. A mais recente é da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP). Os cientistas investigaram a capacidade de a suplementação com ácido linoleico conjugado reduzir a gordura corporal. A análise foi realizada em 64 roedores (metade deles fêmeas), divididos em dois grupos – um de sedentários e outro de atletas. Durante quatro meses, todos receberam diariamente uma dieta enriquecida com 0,5% de CLA (sigla pela qual o ácido linoleico conjugado é mais conhecido). A porcentagem foi definida com base na quantidade que estudos científicos anteriores demonstraram como satisfatória.
Coordenado pela professora Jocelem Mastrodi Salgado, o objetivo do estudo – dado o conhecimento ainda restrito da ação deste ácido – era conhecer melhor o papel do suplemento sobre a gordura, os músculos e o sangue. “Essa substância foi proibida pela Anvisa por não haver comprovação de uso e eficácia. Mas seu consumo tem crescido entre as pessoas. Tudo porque se diz que quem toma o composto consegue transformar a massa gordurosa em massa muscular mesmo sem exercício”, disse à revista Saúde!
Os resultados indicaram que não é bem assim. “O que chamou a nossa atenção foi que o suplemento causou uma redução de peso, sim. Mas apenas entre as fêmeas e mais ainda: apenas nas fêmeas que se exercitaram”, explica a pesquisadora.
O uso do suplemento pelos ratos sedentários não contribuiu em nada para transformar gordura em músculo. No grupo dos ratos que malharam – foram 40 minutos diários de corrida em uma roda automática com velocidade de 10 a 15 metros por segundo – e receberam os 0,5% de CLA, só as fêmeas se deram bem. Apresentaram redução de gordura corporal e aumento da massa magra.
Segundo Jocelem Salgado, um das razões para a ‘sorte’ das fêmeas é que elas são menores e podem ganhar mais gordura. E essa concentração exige mais do metabolismo.
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Fonte: site saude.abril.com.br
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