segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Doenças têm hora para se manifestar"


Especialista fala sobre os horários mais comuns para o aparecimento de algumas doenças


De acordo com o livro "Medicina da noite: da cronobiologia à prática clínica" (Editora Fiocruz, R$ 74), do professor José Manoel Jansen, "as doenças também têm hora para se manifestar." Na avaliação do pesquisador, é importante seguir as indicações de horários para ingerir remédios.
"A farmacologia, que estuda as variações de absorção e outros parâmetros de diversos medicamentos em relação ao tempo, é uma das aplicações mais modernas da cronobiologia", garante Jansen. Abaixo, conheça os períodos mais perigosos para a saúde:
- Madrugada: O nível de cortisol, um importante anti-inflamatório, cai, e as inflamações pioram. Crises de asma e doenças cardiorrespiratórias se agravam neste período.
- Início da manhã: A rinite e a artrite reumática predominam em torno das 6h. A partir deste horário, a pressão arterial tende a aumentar. "Fenômenos ligados ao coração são mais frequentes. Casos de acidente vascular cerebral (AVC) e enfartes são mais comuns até o meio-dia. Neste horário há maior produção de algumas substâncias, como a adrenalina", explica Jansen.
- Fim de tarde: Osteoartrite é uma das doenças que costumam se manifestar por volta das 18h.
Use a luz ao seu favor
O ciclo dia e noite, além da herança genética, são os principais fatores que ajustam os ritmos do corpo para que ele funcione no período de 24 horas. O organismo tem uma glândula chamada pineal, responsável pela produção do hormônio melatonina. Pela manhã, ao despertar, a retina colhe os dados de luz, que chegam até o núcleo do cérebro que comanda os ritmos do organismo. À noite, quando a luz  cessa, a melatonina volta a ser produzida em maior quantidade, sinalizando ao corpo que é hora de dormir.
Para usar a luz a seu favor, os especialistas têm algumas dicas: se a ideia for dormir cedo, evite aparelhos eletrônicos e apague a luz; e o objetivo for acordar cedo, deixe as janelas abertas ao deitar, para que a luz entre.

Por Marcela Rodrigues Silva
http://ultimosegundo.ig.com.br

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