segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ESMALTES PERFUMADOS - VERÃO 2011


Mais uma da REVLON com esmaltes perfumados!
Desta vez a coleção de verão 2011!
Edição limitadaaaaa... é correr e comprar logo pra garantir estilo na estação quentíssima que está aí...
A COLEÇÃO:
AS CORES



QUERO UMMMMMMM, ALIÁS, TODOSSS...
AS CORES TÃO LINDAS DEMAIS!
fonte: http://ellamodaeestilo.blogspot.com/2010/08/esmaltes-revlon-perfumados-verao-2011.html

Adesivos para unhas - unhas decoradas

Toda mulher já sabe do sucesso das unhas decoradas e estão sempre procurando novos modelos de unhas decoradas. seja para um casamento, festa ou para o dia a dia, a unhas decoradas dá um charme a mais para toda mulher que gosta de andar bonita.
Agora para facilitar o dia a dia da mulher, chegaram as unhas decoradas em adesivos, isso mesmo agora não é necessário dominar técnicas de unhas decoradas ou buscar na internet os melhores modelos de unhas.
Não é todo o dia que da tempo de passar horas na manicure fazendo as unhas, então é sempre bão ter os novos kits de unhas adesivas decoradas que já conquistou até as celebridades como a cantora Katy Perry e a tenista Serena Williams.
Os adesivos para unhas ganharam definitivamente o status fashion. Os adesivos para unhas difere dos simples decalques para unhas coloridas, pois os adesivos para unhas preenche toda a superfície da unha e substitui o esmalte, uma ótima opção para quem não leva o menor jeito com o pincel.
Veja abaixo imagens de algumas fotos com adesivos de unhas decoradas:


fonte:  http://www.catatua.net/adesivo-para-unhas-unhas-decoradas/

Verão 2011 - Esmaltes - Tendências




Esmaltes hoje são imprescindíveis para comporem um look arrojado, além de serem sinônimos de beleza, elegância, higiene, trato, cuidado específico de toda mulher e menina, que se cuida e que gosta de exibir um visual saudável e moderno.
Surgiu então, a partir dessa compulsão feminina de cores e formas, um novo mercado, todo voltado para atender a alma do tão famoso sexo frágil, que sabemos que não é tão frágil assim quanto parece.
Que para ficar mais linda, sensual, impecável, resolveu pintar suas unhas de vários tons e cores que denotam o estilo de personalidade daquela mulher naquele momento, que pode ser, ora mais extravagante, ora mais menina, ora mais marcante, ora despercebidamente tímida e intrigante, enfim mais menima ou mais mulher... como disse o poeta, mulher é desdobrável!!!

Essas cores estão shows, e combinam com peles morenas, pardas, claras... use e abuse!!!!

Risque

 Arezzo

Colorama


Ana Hikman

Também podemos usar outros tons mais citricos que vão estar com tudo no verão 2011




De várias marcas, que encontramos em qualquer lugar do nosso Brasil!!!!



Compre, use e comprove que vc vai sentir-se muito mais atraente e expressiva, com unhas limpas, coloridas, cintilantes e com efeito bonequinha de luxo no dia-a-dia!!!!!!


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Esmaltes - verão 2011 - tendências


Rubia Olivo
 
Quem acompanhou os desfiles da SPFW que aconteceram entre 8 e 14 de junho, já pôde ficar por dentro das tendências Verão 2011, não só de roupas, mas também de esmaltes. Essa edição foi marcada principalmente pelos tons nude nas unhas das modelos no desfile da Cia. Marítima, Cori e Ellus. Pra quem não gostava ou já enjoou da cor, vai ter de suportá-la mais um pouquinho, porque tudo indica que ela será tendência do verão também. A Impala tem o cremoso “Nude Clássico”.

Veja no post da Emilia Miñarro alguns swatches de esmaltes em tons nude.
Não fugindo muito dos esmaltes clarinhos, os tons pastéis também virão com tudo! Mas nada de branquinhos, será tudo bem colorido. A cor que mais chamou a atenção das consumidoras é o amarelinho, mas não se pode deixar de lado a beleza do azul, verde e laranja, todos em tons pastéis, como os da Big Universo: Glacial, Jade, Boreal, Nebulosa, Tropical e Acqua.


Os novíssimos esmaltes da Eliana Super Pérola também já entraram na moda com a coleção Neon Passion: Siena, Florença, Turim, Venezia, Udine e Palermo.

Também será a vez do cinza, só que agora, bem clarinho. E melhor ainda se for com efeito matte, outra tendência do verão. Na foto, o “Tubinho” da Risqué, já com efeito fosco.

Pra quem não gosta de esmaltes clarinhos, a Colcci também optou pelo pretinho, até nas unhas de Gisele Bündchen, e ele será a melhor opção de cor escura nesse verão.

E vocês, meninas, sabem de mais alguma marca de esmalte que também lançará essas tendências? 

fonte: http://bymarina.com.br/2010/07/19/tendencia-em-esmaltes-verao-2011/

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Esmaltes inéditos para 2011

Uma nova tendência de esmaltes inéditos está de moda Brasil afora e provavelmente chegarão aqui em 2011. 
Após a moda das cores Flúor, Neon e Fosco vêm uma nova série de esmaltes com tecnologia avançada para que fiquemos cada vez mais lindas e as escolhas cada dia mais difíceis.
Segundo a Camila Coutinho, colunista do Yahoo , as novidades para 2011 são:
1. Esmalte que muda de cor: Já pensou em sair por aí com uma cor de esmalte e mudar o tom rapidinho com a ajuda da luz do sol? Isso já é possível! A marca Del Sol criou uma linha enorme com esse “truque”. Cada vidrinho sai por U$10.00! A Claire’s também tem a coleção Mood Polish. As cores mudam de acordo com o “humor” da pessoa, ou seja, com a temperatura do corpo.
2. Holográficos: Você não chamou atenção o bastante com as unhas Neon? Então tente com os holográficos! O acabamento mega brilhante já virou mania entre as americanas e várias marcas, entre elas a China Glaze, já começaram a colocar suas versões no mercado. Será que chega aqui em 2011?
3. Flocados: Aplicados por cima de uma camada de esmalte cremoso, o esmalte flocado dá um efeito super interessante e parece uma unha artística. A marca Nfu-Oh  tem várias opções super legais.
4. Craquelados: Essa eu adoro. Inclusive fiz uma unha craquelada para a Copa que arrasou. A BYS lançou a coleção “Cracked” com esse efeito. Agora nem precisa passar o palito que nem eu para dar o efeito, ele aparece sozinho graças ao esmalte. 
5. Com aroma: Intitulada Scents of Summer, a linha de verão da Revlon traz 8 vidrinhos com aroma inspirado nos nomes das cores. Tem cheirinho de mar, chiclete, algodão doce, uva, refrigerante de laranja, pêssego…
Esmaltes Esmaltes inéditos para 2011!!
Como sou apaixonada por esmaltes é claro que ameiiiiii, quero todos!!!!!!!!!!!!!!

fonte: http://cantinhodascasadas.com/a-casada-sempre-linda/esmaltes-ineditos-para-2011

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Neurite Ótica ( neurite retrobulbar). Conceito, sintomas , tratamento

Neurite Óptica
Bruno Fernandes
INTRODUÇÃO

A Neurite Óptica (NO) é uma inflamação desmielinizante do nervo óptico, que pode estar associada ou não a doenças sistêmicas, sendo a Esclerose Múltipla (EM) a mais comum. Ocasionalmente, a NO pode sobrevir de um processo infeccioso da órbita ou dos seios paranasais ou no curso de uma virose.

A incidência fica em torno de 4-5/100.000; é duas vezes mais comum em mulheres; a raça caucasiana parece ser mais afetada e o primeiro ataque costuma ocorrer na faixa etária dos 20 aos 45 anos,apesar de ocorrer casos atípicos tanto em idosos quanto em crianças.
PATOFISIOLOGIA
Sendo associada ou não a doenças sistêmicas, a NO é desencadeada por uma reação auto-imune, resultando em desmielinização do nervo. Embora pouco se saiba a respeito da NO isolada, quando associada à EM as lesões do nervo óptico são similares àquelas encontradas no cérebro, com infiltrado inflamatório perivascular.
CLÍNICA
Anamnese. A história típica de um caso de NO é uma baixa de acuidade visual súbita, unilateral, com dor ocular exacerbada à movimentação (o acometimento bilateral é mais raro). Outras queixas são a piora da visão com o calor ou exercício (fenômeno de Uhthoff) e a sensação de objetos se movendo em uma linha reta aparentarem uma trajetória curva (fenômeno de Pulfrich), provavelmente devido à condução assimétrica entre os nervos ópticos.

História de episódios prévios no paciente ou na família, assim como de viroses, deve ser pesquisada.
Exame Oftalmológico. Alterações mais comuns:

- Defeito pupilar aferente relativo ou pupila de Marcus Gunn.
- Variável baixa de acuidade visual
- Discromatopsia e diminuição da sensibilidade ao contraste
- Alterações de papila à fundoscopia em 1/3 dos casos, com edema de papila difuso. A presença de alterações segmentares, palidez, estreitamento arteriolar e hemorragias em chama e vela sugerem outros diagnósticos. Um fundo de olho normal ocorre em 2/3 dos casos, podendo o disco se tornar pálido como tempo.
EXAMES COMPLEMENTARES

Campo Visual. O defeito altitudinal, arqueado e degrau nasal são mais comuns que os escotomas central e cecocentral. Porém, extensões periféricas de escotomas assim como depressão generalizada de campo podem ser encontrados.

Exames Laboratoriais. Exames de sangue, radiografia de tórax e punção lombar são exames importantes na exclusão dos diagnósticos diferenciais, porém acrescentam pouco em um caso típico de NO. Análise do líquido céfalo-raquidiano com presença de Proteína básica de mielina, bandas oligoclonais e IgG alta sugerem o diagnóstico de EM.

Exames de Imagem. A Ressonância Magnética é útil na avaliação do nervo óptico e para excluir lesões estruturais. Porém, sua principal utilidade é definir o risco de desenvolvimento de EM que é maior naqueles pacientes que apresentam lesões desmielinizantes no SNC.


Neurite Óptica à esquerda.

PEV. O potencial visual evocado se mostrou alterado mesmo com nervo óptico sem alterações na RNM, sendo considerado importante em casos suspeitos.
TRATAMENTO

O ONTT ( Optic Neuritis Treatment Trial) foi um estudo multicêntrico cujo objetivo era definir um protocolo de tratamento para a neurite óptica. Basicamente, foram comparadas três abordagens:

- Prednisona VO (1mg/kg/dia) por 14 dias.
- Metilprednisolona IV (250mg 6/6h) por 3 dias, seguido de prednisona VO (1mg/Kg/dia) por 11 dias.
- Placebo VO por 14 dias.

O tratamento com corticóide IV (Grupo 2) resultou em uma melhora mais rápida da acuidade visual além de diminuir a incidência de EM no curto-prazo principalmente nos casos com lesões suspeitas na RNM. O uso de prednisona VO (Grupo 1) não se mostrou benéfico e ainda apresentou uma taxa maior de recorrência de NO. A longo prazo, não houve diferença entre os três grupos.
PROGNÓSTICO
Diferente de outras neuropatias, a NO se caracteriza por uma recuperação progressiva da acuidade visual depois de algumas semanas do início dos sintomas, mesmo sem nenhum tratamento. Apesar da maioria dos pacientes recuperarem acuidade visual de 20/20, deficiências principalmente na sensibilidade ao contraste podem ser permanentes. A probabilidade de recorrência em 5 anos é de 28%.

75% das mulheres e 35% dos homens acometidos de NO desenvolvem EM. Em pacientes sem lesões cerebrais na RNM, as seguintes características estão associadas a um baixo risco de desenvolvimento de EM em 5 anos: ausência de dor, edema de disco, hemorragia peripapilar, exsudatos retinianos e perda visual leve.
Caso o leitor deseje mais informações, o ONTT encontra-se disponível na internet no site: www.nei.nih.gov/neitrials/static/study47.htm

Fonte:  http://www.sboportal.org.br/sbo/scripts/ap/resumos/neurite_optica.asp

O que é a neurite óptica?
A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico – o nervo que transmite luz e imagens visuais da retina para o cérebro. O nervo está localizado atrás (retro) do globo ocular, sendo a condição chamada também de neurite retrobulbar.
Qual a relação entre a neurite óptica desmielinizante e a esclerose múltipla?
Pode ser a primeira manifestação da esclerose múltipla (EM) e/ou ocorrer no curso da doença. Também pode ocorrer isoladamente (neurite óptica isolada) e o paciente desenvolver ou não a EM. A presença de imagens desmielinizantes encefálicas (RNM) parece ser o fator de risco mais importante para o desenvolvimento da EM nestes casos.
Estudos patológicos em pacientes com neurite óptica associada à EM tem mostrado que as lesões desmielinizantes no nervo óptico são similares às placas vistas no cérebro. Todavia, sobre a patologia da neurite óptica isolada, pouco se conhece. Para alguns autores a neurite óptica isolada é uma forma frustra da EM.
Quais são os sintomas da neurite óptica?
  • Pacientes com neurite óptica experimentam rápido prejuízo na visão de um olho (nos dois é menos comum) durante o ataque agudo. Os pacientes podem referir a presença de visão dupla, escotomas, embaçamento, turvação ou escurecimento no olho afetado.
  • É possível ocorrer um episódio subclínico de neurite óptica, por inflamação e/ou desmielinização do nervo óptico que ocorre sem afetar a função visual. Nestes casos o teste de potencial evocado visual é capaz de demonstrar evidências de lesões ao longo da via óptica.
  • Discromatopsia (mudança na percepção das cores) pode ser, ocasionalmente, mais proeminente do que a diminuição da visão.
  • Em quase todos os casos, as alterações visuais estão associadas à dor retrocular ou dor ocular com sensação de peso, geralmente exacerbada pela movimentação do olho. A dor pode preceder a perda visual.
  • Os pacientes podem queixar-se de obscurecimento da visão exacerbada pelo calor ou pelo exercício (fenômeno de Uhthoff). 
  • Os objetos que se movem em linha reta podem parecer ter uma trajetória curva (fenômeno de Pulfrich), presumivelmente, devido à condução assimétrica entre os nervos ópticos.
  • Percepção de flashes de luz pela movimentação horizontal dos olhos ou por barulho súbito (mais raro) quando o paciente repousa no escuro.
Como é feito o diagnóstico de neurite óptica?
Como é um diagnóstico de exclusão, várias patologias serão descartadas pelo médico através da história, sintomas e exame físico, assim como exames complementares específicos. Doenças auto-imunes, infecciosas, metabólicas, tóxicas, compressivas e outras, deverão serão afastadas, pois há diferenças na evolução e no tratamento das mesmas.
A escolha dos exames apropriados (exames de sangue, RNM, PEV, campimetria, fundoscopia, LCR) dependerá da suspeita clínica do médico. Dentre eles, tanto a ressonância nuclear magnética (RNM) e o potencial evocado visual (PEV) são de extrema importância.
A RNM (com gadolíneo) é altamente específica e sensível a alterações inflamatórias no nervo óptico e ajuda a descartar problemas estruturais como compressão tumoral, por exemplo.
O PEV é importante na suspeita de neurite óptica e pode dar resultados anormais mesmo com a RNM do nervo óptico normal, o que é uma evidência de envolvimento subclínico do nervo óptico. Por esta razão, o PEV é realizado em pacientes com suspeita diagnóstica de EM.
Na EM a análise do líquido cefalorraqueano – líquor (LCR) é importante porque detecta as bandas oligloconais de imunoglobulina G (IgG), informa quanto à atividade da doença (IgM) e também pode sugerir outro diagnóstico.
Qual é o tratamento para a neurite óptica?
O tratamento correto da neurite óptica depende da causa, sendo fundamental a consulta médica imediata. A neurite óptica associada à EM e a neurite óptica isolada, obtiveram melhores resultados terapêuticos, pelo estudo ONTT (Optic Neuritis Treatment Trial), com a metilprednisolona intravenosa.
Fontes:


Fonte: http://esclerosemultipla.wordpress.com/2006/04/27/neurite-optica/

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Assita esse vídeo! Refita sobre sua vida e aquilo que considera importante!


Antes de reclamar da vida, das pessoas, ser uma pessoa amargurada, mergulhada em intrigas, assista esse vídeo, reflita e aceite esse convite.

 Nao desista de Deus porque ele não desiste de você!
( legandado em português)

sábado, 6 de novembro de 2010

Saudade é também para ser celebrada


Um dos melhores sentimentos humanos é o da saudade.
Um dos piores sentimentos humanos é o da saudade.
É triste o sentimento da saudade de uma pessoa a quem amamos e que nunca mais veremos naquela cadeira ou naquela cama ou com aquele sorriso ou com aquela palavra.
É triste o sentimento da saudade de uma pessoa que, mesmo viva, é como se estivesse morta, porque o relacionamento se partiu ou porque ela se transformou e não conseguimos nos conectar mais.
É triste o sentimento da saudade de uma pessoa que está distante, mesmo que a tecnologia da informação suavize, porque telefonar ou ver numa tela de computador não é o mesmo que tocar e abraçar a quem prezamos.
No entanto, quando temos por quem chorar, por quem lamentar ou por quem desejar a volta é muito bom.
Se choramos, é porque ainda somos capazes de sentir. (Não somos insensíveis.)
Se lamentamos, é porque o tempo em que convivemos foi bom. (Somos gratos.)
Se queremos uma pessoa de volta, é porque ela foi tão boa que nos faz falta.
Celebremos a saudade.
Quanto às lágrimas, que Deus as enxugue (Bíblia -- Apocalipse 21.4).
(Este foi para C., cujo marido é -- e sempre será -- um ramalhete de lágrimas)
 
Fonte: texto recebido por email.
autor: Pr. Israel Belo

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Aspectos da Reforma Protestante



 INTRODUÇÃO

Não há como negar a influência da reforma em nosso século. Qualquer livro de história que aborde o tema: idade média, tem obrigatoriamente a necessidade de discorrer sobre um dos principais marcos dessa época que veio a ser conhecido como “A Reforma Protestante”, liderada pelo monge agostiniano Martinho Lutero. Todavia, apesar de tão velho (quase 500 anos) ainda é um tema vivo em debate hoje em dia.
Mas o que venha a ser “A Reforma Protestante” ? Por que começou ? Quais foram as suas principais causas ? Quem foram seus líderes ? Não pretendendo ser prolixos ao analisarmos este assunto, mesmo porque, existem livros abalizados para tratar de forma exaustiva desse tema, desejamos dar apenas uma sinopse do mesmo.

UMA ÉPOCA PARA REFORMAS
Antes de adentrarmos ao tema proposto, vamos acentuar as razões que levaram à causa.
Os historiógrafos mostram que ao fim da idade média os fundamentos do velho mundo estavam ruindo. Houve várias transformações nessa época, mesmo antes, cuja importância não podem ser alienadas do pano de fundo histórico da reforma. As mudanças foram cada vez mais acentuadas com as descobertas de novos mundos por Colombo e Cabral . A idéia de um estado universal foi cedendo lugar ao conceito de nação-estado. Com a formação das cidades, a economia comercial tomou lugar da feudal. Isso teve conseqüências sociais, pois o estilo de vida das pessoas começou a ascender formando uma classe média forte - a burguesia. Também no campo da cultura e da arte com o surgimento do Renascimento as transformações intelectuais fizeram com que o protestantismo encontrasse apoio para seu desenvolvimento. Urge rememorar que todas essas mudanças afetavam direta ou indiretamente a Igreja Católica Romana. Mas nenhuma delas talvez, se fez sentir mais, do que as que ocorreram no campo religioso.
ANTECEDENTES DA REFORMA
É claro que de acordo com os pressupostos históricos que o historiador vier aplicar na interpretação da reforma, irá determinar a sua causa. Assim, temos várias correntes e escolas pelas quais os historiadores farão sua análise crítica da reforma de maneira puramente racionalista secular, tais como aquelas que só vêem as causas da reforma nos fatores político-sociais, outros no fator da economia e outros ainda vêem a reforma puramente como produto do intelectualismo. Entretanto, uma cosmovisão puramente racionalista tende a distorcer a definição e dar razões incompletas e deficientes à verdadeira origem da reforma. Ora, se analisarmos o assunto somente sob a ótica religiosa, ignorando a corroboração de todos esses fatores seculares e o impacto que tiveram sobre o movimento reformista é tão errado quanto analisar a reforma sem levar em conta a sua principal causa, qual seja, a religiosa. Na verdade, a reforma protestante nada mais é do que o cumprimento de um clamor por mudança religiosa, ainda que de maneira esporádica através dos anos anteriores à própria origem da reforma.

Vejamos então:
Nas últimas décadas da Idade Média, a igreja ocidental viveu um período de decadência que favoreceu o desenvolvimento do grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices. O surgimento do "conciliarismo" - doutrina decorrente do cisma, que subordinava a autoridade do papa à comunidade dos fiéis representada pelo concílio - bem como o nepotismo e a imoralidade de alguns pontífices demonstraram a necessidade de uma reforma radical no seio da igreja. Por outro lado, já haviam surgido no interior da igreja movimentos reformistas que pregavam uma vida cristã mais consentânea com o Evangelho. No século XIII surgiram as ordens mendicantes, com a figura de são Francisco de Assis. Outros movimentos reformistas surgiram em aberta oposição à hierarquia eclesiástica. No século XII os valdenses, conhecidos como "os pobres de Lyon" ou "os pobres de Cristo", questionaram a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Os cátaros ou albigenses defenderam nos séculos XII e XIII um ascetismo exacerbado, considerando a si mesmos os únicos puros e perfeitos. Os Petrobrussianos rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres. No século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe defendeu idéias que seriam reconhecidas pelo movimento protestante, como a posse do mundo por Deus, a secularização dos bens eclesiásticos, o fortalecimento do poder temporal do rei como vigário de Cristo e a negação da presença corpórea de Cristo na eucaristia. As idéias de Wycliffe exerceram influência sobre o reformador tcheco João Huss e seus seguidores no território da Boêmia, os hussitas e os taboritas, nos séculos XIV e XV. Entre essas vozes protestantes estava também a do monge dominicano Girolamo Savanarola o qual, a mando do papa, foi preso, torturado e enforcado.
Em posição intermediária entre a fidelidade e a crítica à igreja romana situou-se Erasmo de Rotterdam. Seu profundo humanismo, conciliatório e radicalmente oposto à violência, embora não isento de ambigüidade, levou-o a dar passos importantes em direção à Reforma, como a tradução latina do Novo Testamento, afastando-se da versão oficial da Vulgata; ou a sátira contra o papa Júlio II, de 1513.
O ESTOPIM PARA A REFORMA
A faísca veio em 1517, ocasião em que a campanha das indulgências para a basílica de São Pedro em Roma estava a todo vapor. Tetzel um padre dominicano, pregava sobre as indulgências com grande exibicionismo: diz que cada vez que cai a moeda na bolsa do frade, uma alma sai do purgatório.
Diante disso, Lutero resolveu protestar fixando suas 95 teses condenando o uso das indulgências. A resposta do papa Leão X, veio na bula “Exsurge Domine” ameaçando Lutero de excomunhão. Mas já era tarde demais pois as teses de Lutero já haviam sido distribuídas por toda a Alemanha. Lutero então foi chamado a comparecer a dieta de Worms para se retratar. Porém respondeu ele que não poderia se retratar de nada do que disse. Foi na dieta de Spira em 1529 que os cristãos reformistas foram apelidados pela primeira vez de “protestantes”, devido ao protesto que os príncipes alemães fez ante o autoritarismo do catolicismo.
Nessa época, os ideais da reforma já estavam estourando em diversas partes como em Zurique sob o comando de Zuinglio, na França sob a liderança de Calvino e nos paises baixos.
Em todos estes paises houve perseguição aos reformadores e aos novos protestantes. A perseguição veio se intensificar ainda mais com a chamada “Contra Reforma” promovida pelo catolicismo, como método de represália. O movimento de reforma foi seguido de cem anos de guerras religiosas dos reis católicos contra os protestantes. Mas a reforma prosperou pois não era obra de homem mas de Deus! Igrejas protestantes foram fundadas em todas as partes do mundo. Hoje graças a Deus, uma grande parcela da população Ocidental é protestante. E o Brasil caminha a passos largos para ser conquistado totalmente pelo protestantismo.
REFORMADORES

Martinho Lutero: Nasceu na cidade Eisleben, em 10 de Novembro de 1483. Veio de uma família humilde, seus pais Hans Luther e sua mãe Margarete Ziegler Luther eram camponeses. Teve uma próspera carreira acadêmica: foi ordenado sacerdote em 1507 entrando na ordem agostiniana, estudou filosofia na Universidade de Erfurt, doutorou-se em teologia e lecionou como professor em Wittemberg. Também recebeu o grau de mestre em artes. Lutero deixou oficialmente a igreja romana em 1521.
Huldreich Zwinglio: Nasceu em 1484 no povoado de Wildhaus, da família de fazendeiros, Zwinglio, recebeu o grau de bacharel em artes estudando nas Universidades de Viena e Basiléia. Antes disso, havia se tornado sacerdote católico onde Glarus foi sua primeira paróquia. Por volta de 1519, já sob a influencia dos escritos de Erasmo e Lutero, começou a pregar em Zurique, contra certos abusos da Igreja Católica e logo em seguida a deixou, convertendo-se.
João Calvino: Nasceu em 1509 na cidade francesa de Nóyon na Picardia. Seu pai era cidadão abastado e por isso se valeu do benefício de estudar na Universidade de Paris. Depois foi estudar advocacia na Universidade de Orleans e em Bourgs. Calvino converteu-se às idéias reformadas em 1533. Foi forçado a abandonar a França por colaborar com a reforma, instalando-se em Basiléia onde terminou sua obra “As Institutas da Religião Cristã”.
João Knox: (1515-72) era padre escocês, cerca de 1540, começou a pregar idéias da Reforma. Em 1547 foi preso pelo exercito Francês e mandado para a França. Passou por Genebra onde absorveu de modo completo a doutrina de Calvino. Em 1559 voltou a Escócia para liderar um movimento de Reforma Nacional.


É fundador do CACP,
graduado em história e professor de religiões.
Fonte: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=870&menu=7&submenu=3

A Reforma Protestante

A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas 95 teses, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas, que são: 
* Sola fide (somente a fé);
* Sola scriptura (somente a Escritura);
* Solus Christus (somente Cristo);
* Sola gratia (somente a graça);
* Soli Deo gloria (glória somente a Deus).


Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.



Pré-Reforma

A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por Martinho Lutero.
A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.

John Wycliffe.
No seguimento do colapso de instituições monásticas e da escolástica nos finais da Idade Média na Europa, acentuado pelo Cativeiro Babilônico da igreja no papado de Avignon, o Grande Cisma e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores religiosos fundamentais.

No século XIV, o inglês John Wycliffe, considerado como precursor da Reforma Protestante, levantou diversos questionamentos sobre questões controversas que envolviam o Cristianismo, mais precisamente a Igreja Católica Romana. Entre outras idéias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei. Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres foram conhecidos como "lolardos". Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: Jan Hus. Este pensador tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. 

Seus seguidores ficaram conhecidos como Hussitas.

Reforma

Na Alemanha, Suíça e França

No início do século XVI, o monge alemão Martinho Lutero, abraçando as idéias dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Em 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas.  Esse fato é considerado como o início da Reforma Protestante.
Martinho Lutero, aos 46 anos de idade.

Essas teses condenavam a "avareza e o paganismo" na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que as indulgências significavam. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.

Após diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória. 

Finalmente, em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito "Exsurge Domini" e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem" excomungou Lutero. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.

Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia "a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião". Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina von Bora incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. 

Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana. Em janeiro de 1521 foi realizada a Dieta de Worms, que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma. Autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.

Toda essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas, com destaque para a Guerra dos camponeses (1524-1525). Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na França (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIII. A revolta foi incitada principalmente pelo seguidor de 
 Lutero, Thomas Münzer,que comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada, Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam, sendo que Lutero condenou Münzer e essa revolta.

O Muro dos Reformadores. 
Da esquerda à direita, estátuas de Guilherme Farel, João Calvino, Teodoro de Beza e John Knox.

Em 1530 foi apresentada na Dieta imperial convocada pelo Imperador Carlos V, realizada em abril desse ano, a Confissão de Augsburgo, escrita por Felipe Melanchton  com o apoio da Liga de Esmalcalda. Os representantes católicos na Dieta resolveram preparar uma refutação ao documento luterano em agosto, a Confutatio Pontificia (Confutação), que foi lida na Dieta. O Imperador exigiu que os luteranos admitissem que sua Confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na forma da Apologia da Confissão de Augsburgo, que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas foi rejeitada pelo Imperador.

A Apologia foi publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de 1531, tornando-se confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com a Confissão de Augsburgo, em Esmalcalda, em 1537.

Ao mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado, alguns grupos protestantes realizaram a chamada Reforma Radical. Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa reforma radical os Anabatistas, cujas principais características eram a defesa da total separação entre igreja e estado e o "novo batismo"  (que em grego é anabaptizo).
João Calvino.
Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, Na França e na Suíça a Reforma teve como líderes João Calvino e Ulrico Zuínglio .

João Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante.

Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em 1533  onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou as Institutas da Religião Cristã, que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas.

Os problemas com os huguenotes somente concluíram quando o Rei Henry IV, um ex-huguenote, emitiu o Édito de Nantes, declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas. O catolicismo se manteve como religião oficial estatal e as fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo do próximo século, culminando na Louis XIV do Édito de Fontainebleau, que revogou o Édito de Nantes e fez do catolicismo única religião legal na França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William de Brandemburgo declarou o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.

Ulrico Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique, levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique.

No Reino Unido

O curso da Reforma foi diferente na Inglaterra. Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo a Inglaterra já visto o movimento Lollardo, que inspirou os Hussitas na Boémia. No entanto, ao redor de 1520 os lollardos já não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.

Henrique VIII.
Embora Henrique VIII tivesse defendido a Igreja Católica com o livro Assertio Septem Sacramentorum (Defesa dos Sete Sacramentos), que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas. Sendo este casado com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao Papa Clemente VII a anulação do casamento.

Perante a recusa do Papado, Henrique fez-se proclamar, em 1531, protetor da Igreja inglesa. O Ato de Supremacia, votado no Parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o Anglicanismo. Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados, perseguidos  e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes, muitos importantes opositores foram mortos, tais como Thomas More, o Bispo John Fischer e alguns sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuchos. Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo VI em 1547, os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do catolicismo.

Seguiu-se uma breve reação católica durante o reinado de Maria I (1553-1558). De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a reconciliação com Roma, consagrada em 1554, quando o Parlamento votou o regresso à obediência ao Papa. Um consenso começou a surgir durante o reinado de Elizabeth I. Em 1559, Elizabeth I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento do Ato de Supremacia e do Livro de Orações de Eduardo VI. Através da Confissão dos Trinta e Nove Artigos (1563), Elizabeth alcançou um compromisso entre o protestantismo e o catolicismo: embora o dogma se aproximasse do calvinismo, só admitindo como sacramentos o Batismo e a Eucaristia, foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias religiosas.

John Knox.
A Reforma na Inglaterra procurou preservar o máximo da Tradição Católica (episcopado, liturgia e sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ecclesia anglicanae, ou seja, A Igreja cristã na Inglaterra e não como uma derivação da Igreja de Roma ou do movimento reformista do século XVI. A Reforma Anglicana buscou ser a "via média" entre o catolicismo e o protestantismo.

Em 1561 apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado "separatista" pela Igreja Anglicana, ficou conhecido como Congregacionalismo.

Richard Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja congregacional, entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de Londres. Por volta de 1570 ele publicou um manifesto intitulado As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo.

Em 1580 Robert Browne, um clérigo anglicano que se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou em Norwich uma congregação cujo sistema era congregacionalista, sendo um claro exemplo de igreja desse sistema.

Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560, sendo estabelecido o Presbiterianismo. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.

Nos Países Baixos e na Escandinávia

Erasmo de Roterdão.
A Reforma nos Países Baixos, ao contrário de muitos outros países, não foi iniciado pelos governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o movimento Anabatista gozava de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé protestante dominante no país desde a década de 1560 em diante. No início de agosto de 1566, uma multidão de protestantes invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da França) com a finalidade de destruir das imagens católicas, esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em toda a Holanda, pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo espanhol de Felipe II contribuíram para um desejo de independência nas províncias, o que levou à Guerra dos Oitenta Anos e eventualmente, a separação da zona protestante (atual Holanda, ao norte) da zona católica (atual Bélgica, ao sul).

Teve grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: Erasmo de Roterdã. No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero, descrevendo-o como "uma poderosa trombeta da verdade do evangelho" e admitindo que, "É claro que muitas das reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.".

Lutero e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu Catecismo (intitulado Explicação do Credo Apostólico, de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar o ensinamento da "Sagrada Tradição" não escrita como válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no cânon bíblico os livros deuterocanônicos e por reconhecer os sete sacramentos. Estas e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do Livre arbítrio fizeram com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.
Catedral luterana em Helsinque, Finlândia
Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero deveu-se a Hans Tausen. Em 1536  na Dieta de Copenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu a Johann Bugenhagen, discípulo de Lutero, a responsabilidade de organizar uma Igreja Luterana nacional. A Reforma na Noruega e na Islândia foi uma conseqüência da dominação da Dinamarca sobre estes territórios; assim, logo em 1537 ela foi introduzida na Noruega e entre 1541 e 1550 na Islândia, tendo assumido neste último território características violentas.

Na Suécia, o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e Laurentius Petri. Teve o apoio do rei Gustavo I Vasa, que rompeu com Roma em 1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo, então, penetrou neste país estabelecendo-se em 1527. Em 1593, a Igreja sueca adotou a Confissão de Augsburgo.

Na Finlândia, as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia.

Em outras partes da Europa

Na Hungria, a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto o Luteranismo ganhou uma posição entre a população de língua alemã, o Calvinismo se tornou amplamente popular entre a etnia húngara. Provavelmente, os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do século XVI, mas os esforços da Contra-Reforma no século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo.

Fortemente perseguida, a Reforma praticamente não penetrou em Portugal e Espanha. Ainda assim, uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu em 1557 numa das ilhas da Baía de Guanabara, localizada no Brasil, então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo, deixou como herança a Confissão de Fé da Guanabara.

Na Espanha, as idéias reformadas influíram em dois monges católicos: Casiodoro de Reina, que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol, e Cipriano de Valera, que fez sua revisão, originando a conhecida como Biblia Reina-Valera.

fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Protestante